Rev. Arival Dias Casimiro
O temor a Deus é a joia perdida na igreja hoje. A irreverência e a falta de respeito a Deus é uma marca registrada da nossa geração. Perdemos a admiração e a consideração por Deus. Mas nem sempre foi assim. O temor do Senhor estava presente no coração dos primeiros crentes. A Igreja Primitiva crescia e se edificava, porque caminhava no temor do Senhor e na consolação do Espirito Santo. Os crentes obedeciam ao mandamento: “Temei a Deus” (1Pe 2.17; Dt 13.4).
Precisamos urgentemente resgatar ou restaurar o temor a Deus, em nossas vidas. A palavra “temor” significa a qualidade positiva de “respeito”, “reverência” e “piedade”. Deus é o seu objetivo. “Seja Ele o vosso temor” (Is 8.13). Para restaurar esse temor a Deus, precisamos dar três passos:
Primeiro, reconhecer a importância do temor a Deus.
O temor a Deus é algo preciosíssimo. Ele resume o sentido da vida: “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: teme a Deus e guarda os Seus mandamentos” (Ec 12.13). Ele é que faz a vida valer a pena. Infelizmente, os ímpios são destituídos dele (Sl 36.1; Rm 3.18). Para o crente, é necessário adoração a Deus (Sl 89.7), no serviço a Deus (Hb 12.28), na busca pela santificação (2Co 7.1), para evitar o pecado (Gn 39.9), para a integridade da liderança (Ne 5.15) e para ser abençoado por Deus (Sl 112). O temor a Deus é importantíssimo para o crente, pois ele é o “tesouro” dos crentes (Is 33.6), o principio da sabedoria (Pv 1.7), a fonte de vida (Pv 14.27) é aquilo que faz a diferença entre o justo e o ímpio (Ml 3.16).
Segundo, devemos buscar a restauração do temor a Deus.
Deus é quem põe o seu temor nos corações humanos. “Dar-lhes-ei um só coração e um só caminho para que me temam todos os dias, para seu bem e bem de seus filhos. Farei com eles aliança eterna segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim” (Jr 32.39-40). Se Ele põe, Ele preserva e restaura. Ele restaura de duas maneiras: (1) Quando pedimos a Ele em oração. “Dispõe-me o coração para só temer o teu nome” (Sl 86.11). A oração nos coloca em contato com o Deus Santo, que nos comunica a sua santidade. (2) Quando estudamos a sua palavra. Deus ordenou a Moisés que a lei deveria ser lida ao povo de sete em sete anos, para que o povo aprendesse a temer ao Senhor (Dt 31.9-13). Por isso o salmista diz: “Vinde, filhos, e escutai-me; eu vos ensinarei o temor do Senhor” (Sl 34.11). Em síntese, a restauração do temor de Deus na nossa vida se dá por meio da oração e do estudo da sua Palavra.
Terceiro, precisamos desfrutar do temor do Senhor.
Quando somos tomados pelo temor de Deus, experimentamos bênçãos maravilhosas. Desfrutamos da alegria (Sl 147.11) e da misericórdia de Deus (Sl 103.11 e 17). Confiamos mais em Deus (Sl 115.11) e fugimos do mal (Pv 16.6). Somos abençoados com toda a sorte de bênçãos (Sl 112) e temos os nossos desejos realizados (Sl 145.19). Obedecemos a Deus cumprindo os seus propósitos (Hb 11.7) e nos dispomos a entregar aquilo que Ele nos pede (Gn 22.12).
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