A igreja é povo chamado para ser enviado.
Chamado do mundo, para estar no mundo, sem ser do mundo. Chamado para ser luzeiro no mundo, anunciando as virtudes daquele nos chamou das trevas para a luz. A vocação missionária da igreja inclui todos os seus membros. O projeto de Deus é o evangelho todo, por toda a igreja, em todo mundo, a toda criatura. Para que a igreja cumpra a sua missão, três estratégias precisam ser adotadas.
Em primeiro lugar, faz-se missões com os pés daqueles que vão.
Muito embora todos são enviados, nem todos são enviados para fora de sua cidade, para fora de sua parentela, para fora do reduto de suas atividades. Há aqueles, entretanto, que são enviados para além fronteiras, para outros povos, enfrentando barreiras culturais, linguísticas e espirituais. Porque Jesus morreu para comprar com o seu sangue aqueles que procedem de toda tribo, língua, povo e nação, os missionários precisam ir a todas as etnias da terra, aos povos não alcançados, levando a mensagem do evangelho. O profeta Isaías diz que são formosos os pés dos que anunciam as boas-novas, daqueles que proclamam a paz e fazem ouvir a salvação. Os povos estão mergulhados num caudal de densas trevas. Religiões antigas e novas afastam os homens do Deus vivo e os mantém prisioneiros de crendices pagãs. Não há salvação em nenhum outro nome, exceto o nome de Jesus. Por isso, precisamos rogar ao Senhor da seara, que envie trabalhadores para a sua seara. Pregar o evangelho aqui, ali e além fronteiras é uma tarefa imperativa, intransferível e impostergável.
Em segundo lugar, faz-se missões com os joelhos dobrados daqueles que oram.
A obra missionária não pode ser feita apenas com os recursos humanos. Não basta ter pessoas preparadas e recursos financeiros. Há batalhas espirituais que precisam ser travadas. Há oposição a ser enfrentada. Há temores que precisam ser vencidos. Há estratégicas que precisam ser adotadas. Somente o Espírito de Deus pode revestir com poder os missionários para cumprirem cabalmente o ministério que lhes foi confiado. A igreja que envia é, também, a igreja que intercede. Os missionários precisam não apenas de sustento material; precisam, sobretudo, de poder espiritual, que vem através da oração. Quando os joelhos se dobram na presença de Deus em oração, barreiras são quebradas, preconceitos são vencidos e a pregação do evangelho produz os resultados para os quais Deus a designou. É tempo da igreja colocar-se na brecha em favor dos missionários e da obra missionária, para que mais obreiros sejam levantados, para que mais recursos sejam destinados, para que mais campos sejam abertos, para que mais pessoas sejam salvas.
Em terceiro lugar, faz-se missões com as mãos dadivosas daqueles que ofertam.
A obra missionária precisa de recursos financeiros e os obreiros de sustento. Deus chama uns para ir até aos confins da terra e chama outros para darem suporte àqueles que vão. Investir em missões é fazer um investimento de consequências eternas. Quanto mais semeamos na obra de Deus, mais ele multiplica a nossa sementeira. Não podemos comer todas as sementes, pois a semente que se multiplica não é a que comemos, mas a que semeamos. Precisamos trabalhar com senso de urgência, uma vez que só temos esta geração para ganhar esta geração. Precisamos juntar tesouros no céu e a maneira mais eficaz de fazê-lo é contribuindo para que o evangelho chegue aos de perto e aos de longe, aqui, ali e além fronteiras. Reter os recursos que devem patrocinar a obra missionária é reter mais do que é justo. A igreja é o método de Deus e os recursos de Deus estão em nossas mãos.
Precisamos levantar os nossos olhos e ver que os campos já estão brancos para a ceifa. Não há mais tempo a perder. Missões é a missão da igreja!
Rev. Hernandes Dias Lopes