Rogo-vos, pois, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e também pelo amor do Espírito, que luteis juntamente comigo nas orações a Deus a meu favor (RM 15.30).
Paulo diz: luteis juntamente comigo nas orações.
A palavra “lutar” faz parte do vocabulário dos jogos olímpicos e era utilizada para descrever o esforço que um atleta fazia para ganhar uma competição. O termo “agonia” vem desta palavra grega. A ideia de Paulo é que a oração é uma atividade que demanda muito esforço, uma luta exaustiva conosco mesmo. Precisamos guerrear conosco para podermos orar. Temos que vencer a nossa crônica indisposição para orar. Isto é algo agonizante e exige muita determinação. Samuel Zwerner disse: “A oração é o ginásio de esporte da alma”. Paulo diz a Timóteo: “Exercita-te pessoalmente na piedade” (1Tm 4.7).
Necessitamos investir tempo em cuidar da nossa alma.
Precisamos nos matricular na academia da oração. Somos responsáveis individualmente pelo progresso da nossa vida espiritual. E. M. Bounds disse que “o pequeno valor que damos à nossa oração torna-se evidente pelo tempo que dedicamos a ela”.
Infelizmente parece que perdemos a guerra para nós mesmos. Somos crentes de pouca oração.
Não temos tempo para orar. Não valorizamos o poder da oração e a vemos como um símbolo de impotência: “Ora, eu não posso fazer nada por você, vou apenas orar”. Mas, em nome de Jesus, vamos reagir! Vamos lutar e retomar a nossa vida de oração particular. Vamos dizer como Davi: “À tarde, pela manhã e ao meio dia farei as minhas queixas e lamentarei; e ele ouvirá a minha voz” (Sl 55.17). Vamos fazer como Hemã: “Ó Senhor, Deus da minha salvação, dia e noite clamo diante de ti” (Sl 88.1).
Retomemos também a prática da oração comunitária. Voltemos a frequentar os cultos de oração na igreja.
Obedeça ao mandamento bíblico: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima” (Hb 10.25). Algo poderoso e maravilhoso acontece quando a igreja se reúne para orar. Não existe poder maior quando uma igreja está reunida em oração.
Em Atos 12, Lucas registra que quando a igreja de Deus crescia e se multiplicava, o inimigo levantou grande perseguição contra ela.
Herodes ordenou a prisão de vários cristãos e alguns foram mortos, dentre eles o apóstolo Tiago. Pedro seria a próxima vítima. Mas quando o Diabo ataca, a igreja deve resistir com a oração: “Pedro, pois, estava guardado no cárcere; mas havia oração incessante a Deus por parte da igreja a favor dele” (At 12.5). Este é o versículo chave do capítulo. Uma situação: Pedro estava preso e guardado na sela de segurança máxima. Uma reação: mas havia oração incessante a Deus por parte da igreja a favor dele. Quem orava? A igreja ou muitos irmãos. Como eles oravam? Oração incessante ou continuamente, ao longo de uma semana.
A quem eles oravam? A Deus, o Soberano Senhor. Pelo que oravam?
Eles oravam a favor de Pedro ou por sua libertação da prisão. Qual foi o resultado da oração da igreja? Pedro foi libertado de forma miraculosa e Herodes foi morto. Deus derrota a Satanás por meio do poder de uma igreja que ora. O poder de Deus é liberado quando a igreja ora de forma objetiva e persistente. Precisamos orar mais na igreja. Precisamos resgatar o conceito de que a igreja é a “Casa de Oração”.
Warren W. Wiersbe declara: “Quando é que a mão de Deus opera? Quando a igreja de Deus ora. A mão de Deus não opera à parte da oração.
Oração é que move a mão de Deus. Nós amarramos as mão de Deus pela nossa incredulidade. Ouço os membros da igreja reclamando porque as pessoas não estão sendo salvas, porque a igreja não está crescendo, porque as contas não estão sendo pagas. As mãos de Deus operam quando o povo de Deus ora”.