Filipenses 4.10-20. Sêneca disse: “Feliz é o homem que, em quaisquer circunstâncias em que se encontre, sente-se contente”. Sabemos, porém, que na prática, o contentamento é algo difícil e raro entre as pessoas. Gostamos de murmurar e reclamar de Deus, das pessoas e das circunstâncias. Estamos sempre insatisfeitos e prontos a reclamar. Murmurar é contrário ao contentamento. Sobre a murmuração, a Bíblia ensina: (1) A murmuração é pecado. Deus abomina a murmuração e sempre castiga os murmuradores (Nm 11.1; 14.26-29; 1Co 10.9-10; Jd 14-16). A murmuração esconde o pecado da rebelião e da incredulidade. Murmurar é duvidar do caráter de Deus. (2) A murmuração é prejudicial ao murmurador. A murmuração é uma doença da alma, altamente contagiosa e prejudicial à saúde daqueles que a praticam (Nm 16.20-40).
Assuma o compromisso de viver mais contente e satisfeito. Paulo apresenta-se no texto como alguém que havia aprendido a arte e a obediência do contentamento. Seguindo o exemplo de Paulo, destacamos algumas atitudes que revelam o seu contentamento:
Seja uma pessoa agradecida. Primeiro esteja satisfeito e agradeça a Deus por aquilo que você tem recebido, pouco ou muito (1Tm 6.5-8). Paulo escreveu aos Filipenses para agradecer pelas ofertas que os irmãos lhe enviaram por intermédio de Epafrodito (Fp 4.18). Contentamento sempre gera gratidão assim como murmuração produz reclamação. Meu irmão, contente-se com pouco, fuja do supérfluo e do desnecessário. Aprenda a ser grato Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco (1Ts 5.18).
Seja um dependente de Deus. Segundo, creia e dependa da providência de Deus, pois Ele controla todas as circunstâncias e conhece cada uma de suas necessidades. Observe que Paulo fala do cuidado dos irmãos de Filipos para com ele, destacando que no tempo certo, as ofertas chegaram (Fp 4.10,18). Deus está no controle de todas as coisas. No tempo certo, as coisas acontecem e a benção chega. Dependa do Senhor, busque-o como prioridade da sua vida, e todas as coisas lhe serão acrescentadas (Mt 6.33).
Separe o seu coração das coisas. Terceiro, separe a sua satisfação interior das coisas que acontecem com você. É possível viver contente independente das circunstâncias (Hb 13.5-6). Lembre-se que a verdadeira satisfação não está naquilo que você tem ou não tem. Precisamos estar acima das coisas e das circunstâncias. Não ponha o seu coração nas coisas materiais. Paulo declara aos Filipenses que o seu interesse por eles não era pelos seus bens materiais ou ofertas, mas o que realmente me interessa é o fruto que aumente o vosso crédito (Fp 4.17). Paulo não era movido pela avareza ou pelo desejo de lucro material.
Receba de Deus a força para o contentamento. Quarto, viva contente, pois Deus lhe dará forças para suportar qualquer situação – Tudo posso naquele que me fortalece (Fp 4.13). Com o poder que vem de Deus, você enfrenta qualquer situação, saúde ou doença, honra ou humilhação, riqueza ou pobreza, aceitação ou rejeição. Tudo posso com a ajuda de Deus.
Seja uma pessoa generosa. Quinto, o contentamento é experimentado quando nos preocupamos com o bem estar dos outros, principalmente, com a vida dos missionários e plantadores de igrejas. E sabeis também vós, ó Filipenses, que, no inicio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja se associou comigo no tocante a dar e receber, senão, unicamente vós outros (Fp 4.15). Das igrejas que Paulo fundou somente a de Filipos se associou com ele, quanto ao suprimento de suas necessidades.
Dar, compartilhar, assistir ao necessitado é essencial para o contentamento. As nossas ofertas e doações são como um aroma suave, sacrifício aceitável e agradável a Deus (Fp 4.18; Lv 1.9, 13 e 17; 2Co 2.15,16 e Hb 11.4). Ofertar é cultuar a Deus.
Paulo encerra dizendo: E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades. (Fp 4.19). Ele declara que todo aquele que dá com sacrifício para os outros será suprido pelo Senhor.
Paulo usa a expressão meu Deus para indicar que ele o conhecia muito bem (2Tm 4.17). Ele sabia ou conhecia de forma prática ao Deus que servia e que Deus supriria cada uma ou todas as necessidades dos Filipenses. Observe que ele fala de necessidades e não de desejos, prazeres ou vontade (Sl 37.25; Tg 4.13). O suprimento será de acordo com o Seu poder de suprir – segundo a sua riqueza em glória – isto é, proporcional aos infi nitos recursos de Deus; e será por meio de Jesus Cristo – há de suprir, em Cristo Jesus – isto é, por causa dos méritos de Cristo (Rm 8.31-32).
Rev. Arival Dias Casimiro