VISÃO MOTIVADORA
“Então, lhes disse: Estais vendo a miséria em que estamos, Jerusalém assolada, e as suas portas, queimadas; vinde, pois, reedifiquemos os muros de Jerusalém e deixemos de ser opróbrio.” (Ne 2.17)
As pessoas e as instituições precisam de sonhos para sobreviver. Uma das funções do líder espiritual é buscar em Deus, a visão e a missão para si e para os seus liderados. A visão é uma ideia sobre o futuro, uma ideia sobre o que poderia ou deveria ser para as pessoas e para a instituição.
Neemias ilustra este conceito quando, a partir de uma realidade caótica, convoca os seus liderados para promover transformações. Observe que Neemias tem uma ideia, um sonho, a de deixar de ser opróbrio, através da reedificação dos muros e da reconstrução de Jerusalém. Ele confessa que aquela visão veio de Deus: Não declarei a ninguém o que o meu Deus me pusera no coração para eu fazer em Jerusalém (Ne 2.12).
Veja que tudo começa acontecer em Jerusalém, porque Deus colocou uma ideia no coração de um homem. E se dermos uma olhada ao nosso redor, perceberemos que tudo começou com uma ideia. O mundo físico em que vivemos teve início na mente de Deus. A cidade e a casa em que moramos, o automóvel que usamos, a roupa que vestimos, o computador que utilizamos para trabalhar, passaram a existir de uma ideia. É por isso que o mundo, as instituições e as pessoas precisam de grandes ideias.
No caso da Igreja, na esfera espiritual, a visão principal vem acompanhada de duas visões complementares: a visão dos recursos e a visão da oportunidade.
A primeira é ilustrada na Bíblia, no episódio envolvendo Eliseu e o seu assistente (2Rs 6.1-23). O assistente do profeta se desespera ao vir à cidade onde estava, cercada pelo exército dos sírios, com ordem de matar o profeta. Eliseu tranquiliza o moço dizendo: Ele respondeu: Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. Orou Eliseu e disse: Senhor, peço-te que lhe abras os olhos para que veja. O Senhor abriu os olhos do moço, e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu (2Rs 6.16-17). Na concretização de ideias ou visões de Deus, contamos com os poderosos recursos divinos. Precisamos enxergar além do natural.
A segunda visão é a da oportunidade ou a do tempo certo para a realização. Jesus ilustra esta visão quando diz aos seus discípulos: Não dizeis vós que ainda há quatro meses para a ceifa? Eu, porém, vos digo: erguei os olhos e vede que os campos, pois já branquejam para a ceifa (Jo 4.35). Jesus fala que o tempo de Deus é diferente do tempo humano, e que devemos trabalhar e empreender seguindo o calendário divino.
A lgreja Presbiteriana de Pinheiros vive um momento histórico singular, de crescimento e de convocação para grandes empreendimentos. Somos motivados pela visão de ser uma grande igreja missionária. Esta é, sem dúvida, uma ideia que vem de Deus e está fundamentada na Bíblia. Precisamos pensar grande, apesar de tudo.
A nossa grande ameaça são as pessoas pequenas. Uma pessoa pequena é aquela que vê as coisas em termos do seu próprio interesse, capacidade e conveniência. Ela acredita que aquilo que é melhor para ela é o melhor para a igreja. Duas coisas são certas acerca dessas pessoas: elas não nos levarão a novos níveis de excelência ou a uma qualidade de vida melhor; elas são a maioria e darão o melhor de si para acabar com as grandes ideias.
Sigamos em frente! Uma grande visão faz grande diferença. Sigamos o conselho de Neemias: reedifiquemos os muros e deixemos de ser opróbrio.
Rev. Arival Dias Casimiro