Fazer o bem é algo gratificante tanto para quem faz como para quem recebe o benefício. Mas, muitas vezes nos sentimos cansados e desanimados a continuar fazendo o bem. Ficamos chateados com as pessoas que não reconhecem, nem valorizam e nem agradecem o bem que lhe fazemos. Também, o sentimento de nos sentirmos explorados ou que as pessoas só se aproximam de nós para pedir ou tirar algum proveito. Cansar de fazer o bem é algo humano, sentimento que condiz com a nossa natureza. Paulo nos dá um mandamento sobre este assunto: “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos. Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé” (Gl 6.9-10). Ele é direto e objetivo. Aprendemos quatro lições nestes versos:
Primeiro,
Devemos fazer o bem a todos, principalmente aos nossos irmãos. Fazer o bem é um dever cristão. Trata-se de um dever que brota do amor a Deus e ao próximo. Devemos amar ao próximo de coração e com ações generosas. Precisamos ajudar o pobre (Mt 25.35), a viúva, o órfão (Tg 1.27), o estrangeiro (Lv 25.35), o doente (Lc 7.5), o caído e o desanimado (1Ts 5.14). Aquele irmão que não cuida das necessidades da sua família está negando a sua fé ou dando um péssimo testemunho (1Tm 5.8). Faça o bem sem olhar a quem. Faça o bem sem esperar retornos. Faça o bem sem promoção pessoal. Faça o bem somente para Deus ver.
Segundo,
Podemos cansar ou desistir de fazer o bem. Fazer o bem cansa. Se não fosse assim, não teríamos o mandamento bíblico. Cansamos de fazer o bem por vários motivos. Destaco dois: (1) Decepção com pessoas que ajudamos. Jesus curou dez leprosos, mas somente um voltou para agradecer. “Então, Jesus perguntou: Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove?” (Lc 17.17). (2) Esfriamento do nosso amor a Deus por causa dos pecados e injustiças que nos cercam. Jesus nos alerta: “E, por se multiplicar a iniquidade o amor se esfriará de quase todos” (Mt 24.12). Insistamos, porém, em fazer o bem. A única maneira de vencermos o mal é praticando o bem. “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12.21).
Terceiro,
Deus nos dá oportunidades para fazer o bem. Paulo diz que devemos fazer o bem enquanto tivermos oportunidade. Deus nos dá recursos e coloca pessoas carentes na nossa vida. O Seu objetivo é o de nos dar o privilégio de fazer o bem. Os crentes pobres da Macedônia viam a assistência aos santos como uma graça ou um dom imerecido (2Co 8.1- 5). Lembre-se, que um irmão carente não é um problema, mas uma oportunidade de fazer o bem. “Deus esconde as coisas colocando-as perto de nós” (R. Waldo Emerson).
Quarto,
Todo bem que fizermos seremos recompensados. Não devemos fazer o bem interessados em recompensas, mas por amor e gratidão a Deus. A Palavra de Deus, porém, afirma que todo bem que realizarmos sem interesse seremos recompensados pelo Senhor. “Porque Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que evidenciasse para com o seu nome, pois serviste e ainda servis aos santos” (Hb 6.10). Deus jamais esquecerá daquilo que fizemos para ele. Fazer o bem é algo poderoso! Lembre-se que quem reparte generosamente o que tem se tornará cada vez mais abençoado (Pv 11.24-25). Um epitáfio antigo dizia: “O que dei, tenho; o que gastei, tive; o que guardei, perdi”. Faça o bem!