O ano de 2021 começou e com ele muitos sonhos e expectativas. Há coisas que certamente não acontecerão e outras que poderão acontecer ou não. O mais importante, porém, são as nossas convicções ou as certezas que trazemos na mente e no coração. João fala das certezas que o cristão tem, as quais lhes dão garantias da vitória, independentemente, do tempo e das circunstâncias.
Primeiro, a certeza que temos a vida eterna (1João 5.11-13). Ao encerrar a sua primeira carta geral, João declara que o seu objetivo: E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus (1Jo 5.11-13). João escreveu esta carta para assegurar àqueles que creram em Jesus que de fato possuíam a vida eterna. Trata-se de certeza absoluta. Além da garantia dada por Jesus (Jo 10.28), do testemunho interno do Espírito Santo (Rm 8.16), também temos o testemunho da Escritura Sagrada. O verbo saber ocorre 39 vezes nesta carta e 8 vezes apenas neste capítulo. Saber significa conhecer com certeza. Os crentes têm a certeza da vida eterna e o direito de serem filhos de Deus (Jo 1.12).
Segundo, a certeza que Deus responde as nossas orações (1 João 5.14-17). Há três aspectos importantes que são ensinados aqui sobre a oração. (1) Sabemos que só ora quem confia ou acredita em Deus. Sem fé impossível agradar a Deus e receber dele alguma coisa. (2) Sabemos que Deus ouve ou responde a nossa oração. Todos os nossos pedidos são considerados por Deus e respondidos um por um. Nenhuma oração fica sem resposta. (3) Sabemos que Deus responde a nossa oração de acordo com a sua vontade. Deus é soberano e a sua vontade prevalece sobre a minha. E o que nos anima é que a sua vontade é boa, perfeita e agradável.
Terceiro, a certeza de que somos livres do pecado e do Maligno (1 João 5.18). Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca (v.18). João ensina com convicção que o verdadeiro cristão não vive na prática habitual do pecado (1Jo 3.9). Ao nascer de Deus, o cristão deixa de ser escravo de Satanás e passa a ser filho de Deus. Logo, passa a desfrutar de proteção real. Satanás e nenhum demônio podem tocar na vida de um cristão sem a permissão de Deus (1Co 10.13). E todo cristão pode resistir ao Diabo e vencê-lo pelo poder de Deus (Tg 4.7; 1Pe 5.8-9).
Quarto, a certeza de quem somos e onde estamos (1João 5.19). João reforça a nossa origem espiritual: somos de Deus ou seus filhos (1Jo 3.2). Os crentes em Cristo pertencem a Deus e estão ligados espiritualmente a Ele. Contudo, vivemos num mundo que não pertence a Satanás (Sl 24.1), mas está sob o controle dele (Ef 2.2-3). Por isso Jesus chama Satanás de “príncipe deste mundo” (Jo 12.31; 14.30; 16.11). Paulo o chama de o “deus deste século” (2Co 4.4) e de “espírito que opera nos filhos da desobediência” (Ef 2.2-3).
Quinto, a certeza de que estamos na verdade (1 João 5.20-21). Pela última vez João usa o verbo “sabemos”: Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna (1Jo 5.20). Estamos em Jesus e livres de qualquer tipo de condenação legal e espiritual (Rm 8.1). Temos a vida eterna e aguardamos a volta de Jesus.
Rev. Arival Dias Casimiro