A VIDA NOVA
Efésios 4.20-32
Todo aquele que recebe a Jesus como Senhor e Salvador inicia uma nova vida. Jesus é o segredo da nova vida. Nele estamos e nele aprendemos a viver em santidade. Duas coisas são importantes para a formação do caráter cristão: renovação na mente (Rm 12.1-2) e a atitude de ser um novo homem (Rm 6.11). Paulo fala da santificação como a substituição de velhos hábitos por novos hábitos. Seis maneiras práticas de despir-se do velho homem e vestir-se do novo:
Abandonem a mentira e falem a verdade.
Por isso, deixando a mentira, fale cada um à verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros. (Ef 4.25). O diabo é o pai da mentira. Nele não existe verdade e quem vive mentindo é seu filho (Jo 8.44). Mentira no grego vem da palavra pseudos, que significa qualquer tipo de falsidade, falso milagre, falso mestre, falso ensino, falso crente. Jesus é a verdade (Jo 14.6). Quem é de Jesus é filho da verdade. O verdadeiro cristão é alguém que procurar falar a verdade, em amor. Ele desistiu da falsidade (Zc.8. 16).
Irai-vos, mas não deixem que isso se transforme em pecado.
Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira (Ef 4.26). A ideia aqui é que a ira do crente não deve estar associada com o pecado. A ira em si não é necessariamente pecaminosa, mas pode se tornar, transformando em raiva e ressentimento. Por isso que Paulo diz: não se ponha o sol sobre a vossa ira. Não durma com mágoa ou não guarde ira de um dia para o outro.
O grande perigo do ressentimento ou do estoque de mágoa é que dá um ponto de apoio para o diabo. Paulo, então, pede: Nem deis lugar ao diabo (Ef 4.27). O diabo pode se aproveitar da nossa ira para transformá-la em rancor, ódio e ressentimento.
Deixem de furtar, mas trabalhem e repartam.
Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que e bom, para que tenha com que acudir ao necessitado (Ef 4.28). Não furtaras! Eis o que exige, eis no oitavo mandamento da Lei. Este mandamento exige muito mais do que roubar, mas tudo aquilo que é feitem prejuízo do outro. Por isso que o cristão, não deve apenas deixar de furtar ou roubar, mas trabalhar com as próprias mãos, satisfazer as suas necessidades e ‘acudir ao necessitado. A filosofia de vida antes da conversão era: o que é teu é meu. Agora, como cristão, o que é meu é teu.
Não pronunciem palavras torpes, mas palavras construtivas.
Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem (Ef 4.29). Três lições aqui: (1) Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe. A melhor tradução: toda palavra pútrida de sua boca, não a deixe sair. Apalavra torpe significa podre e refere-se a vegetais podres ou peixes estragados. A cada vez que abrimos a nossa boca ou edificamos ou destruímos. (2) Saia da vossa boca unicamente palavras que edificam. O poder da vida e da morte está na língua. Com ela construímos ou edificamos. Montesquieu disse que “Aquele que fala sem refletir, assemelha-se ao caçador que dispara sem apontar” e Thomas Kempis disse: “Quando for permitido falar, fala de coisas edificantes”. (3) Fale somente o necessário, um nobre senhor mandou um dia o seu criado ao açougue, dizendo-lhe: – “Traze-me o melhor bocado que lá encontrares”. Para atender fielmente ao pedido de seu amo, o servo trouxe-lhe uma língua. O nobre senhor mandou que as criadas preparassem aquela língua, e assim se deliciou com o estranho e apetitoso bocado. Dias depois, o senhor chamou novamente o servo e recomendou-lhe: – “Traze-me agora, do mesmo açougue, abocado mais desprezível que encontrares”. O criado foi depressa, pensou, e trouxe mais uma língua. Tomado de admiração, o seu senhor indagou-lhe: – “Que significa Isso: pedi o melhor bocado e me trouxestes uma língua; depois pedi o pior bocado e me trouxestes também uma língua?” Então o servo, que era sumamente sábio, explicou-lhe: – “Não me enganei, senhor. E isso mesmo: a língua é, ao mesmo tempo, tudo o que há de melhor e tudo o que há de pior no mundo. Pode causaras melhores bens na boca de uma pessoa boa e pode causaras maiores males na boca de uma pessoa má”.
Não entristeçais o Espírito Santo.
E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para adia da redenção (Ef 4.30). Três lições: (1) O crente foi selado e penhorado pelo Espírito para adiada redenção (Ef 1.13-14). (2)0 Espírito Santo é uma pessoa, portanto, ele tem sentimentos. Ele se alegra e entristece. (3)0 Espírito Santo odeia o pecado e todo pecado que comentemos agride a Sua santidade.
Não sejam amargos, mas benignos.
Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou (Efésios 5.31-32). A ideia aqui é: Não sejam maldosos ou amargos, mas bondosos e amorosos. São seis atitudes negativas que devem ser substituídas por atitudes positivas: Santificação é nova vida com Deus, é mudança de hábitos.
Rev. Arival Dias Casimiro